NAS QUEBRADAS DO SERTÃO
A
caatinga, cenário típico do sertão nordestino, local onde a vida se apresenta
com um incrível poder de adaptação, apesar de seus galhos espinhosos, um calor
escaldante e as famosas estiagens prolongadas, neste bioma estão contidas
diversas espécies endêmicas, além de uma gente com uma rica cultura e uma
grande hospitalidade e belíssimas paisagens que devem ser valorizadas e
preservadas.
Após o período das secas, quando caem as primeiras gotas de chuva, o sertão já começa um belo período de renascimento, quando a caatinga fica toda verde e com diversas manchas amareladas e arroxeadas produzidas pela florada dos ipês, é neste momento que o sertanejo se alegra e pode desfrutar da fartura de água e comida. A fauna também ressurge, são aves, mamíferos, répteis, anfíbios, insetos, todos aproveitam o sertão verde.
Após o período das secas, quando caem as primeiras gotas de chuva, o sertão já começa um belo período de renascimento, quando a caatinga fica toda verde e com diversas manchas amareladas e arroxeadas produzidas pela florada dos ipês, é neste momento que o sertanejo se alegra e pode desfrutar da fartura de água e comida. A fauna também ressurge, são aves, mamíferos, répteis, anfíbios, insetos, todos aproveitam o sertão verde.
Durante
a estiagem, ao contrário do que muitos acham, a caatinga não se torna monótona,
ali está uma grande variedade de matrizes de plantas únicas em todo o planeta, as
quais desenvolveram ao longo da evolução uma grande capacidade de adaptação à
falta de água, quando estas parecem estar mortas devido a ausência de folhas,
estas estão em um estado de economia de água, conseguindo manter-se vivas em
meio as mais prolongadas secas.
Sendo
um dos personagens que melhor representam a caatinga, o vaqueiro nordestino se
veste de couro para enfrentar os espinhos e realizar seu trabalho de pega de
bois pelo sertão. No lombo do seu cavalo, este corre em meio à vegetação,
protegido por suas vestes, em busca dos bois fujões. Um verdadeiro símbolo da
cultura e da coragem nordestina.
Plantas
típicas do ambiente sertanejo, o mandacaru, o umbuzeiro, o coqueiro licuri, o
juazeiro e a caatinga de porco fazem parte da paisagem, alguns promovendo
alimento e sombra para os animais e pessoas, e outros renda para a população
local, que tira seu sustento do extrativismo das frutas como o umbu e o coco
licuri, um exemplo de exploração sustentável e de como a caatinga é importante
para diversas famílias.
Exuberantes
e barulhentas, as aves deste bioma dão um show a parte, as cores e o canto do
sofrê (corrupião), do quem-quem (gralha-cancã) e do cardeal-do-nordeste chamam
a atenção e alegram o marrom acinzentado da caatinga, os mamíferos como a suçuarana,
o gato do mato, o meia noite, a raposa e o tatu, agitam o ambiente, os répteis,
os aracnídeos e os insetos atraem alguns e assustam outros, os peixes revivem
da lama a cada período de chuvas
E
assim é a vida sertaneja, no vai e vem periódico das águas, tão aguardadas, se
forma um calendário para plantar, colher, criar, ritmo esse sempre seguido nas
quebradas do sertão.
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