AVENTURAS

        Viagem Cidade Perdida:

          Com saída da Praça Coronel Zezinho Tanajura (Praça do Colégio) às 5 horas da manhã, fomos de carro e moto até a comunidade quilombola de Rocinha, onde entramos em uma plantação de manga e deixamos os veículos. Em seguida passamos por uma plantação de maracujá onde se teve início a trilha com destino à Cidade Perdida de Ingrejil em cima da Serra das Almas no município de Livramento. Durante a caminhada é possível se ter uma bela visão da cidade de Livramento bem ao longe. Em um ponto da trilha já com as garrafas d’água secas, contamos com o auxílio do guia para adentrar um pouco na mata e chegar até uma minação onde matamos a sede e abastecemos as garrafas. Com cerca de 2 horas de caminhada em meio a uma vegetação bastante densa que se alterna entre a Mata Atlântica e o Cerrado, com poucas paradas, chegamos a Cidade Perdida de Ingrejil, onde nos deparamos inicialmente com um grande paredão de pedras e o Portal das Almas. Contornando o paredão e escalando algumas pedras chegamos a Parabólica, uma grande pedra que recebe este nome devido a sua semelhança com uma antena de TV, a qual fica equilibrada em um estreito pedestal de pedra. Logo em seguida passamos por um grande campo plano de gerais cercado de morros e serras e com algumas rochas emergidas em meio à vegetação, a partir deste ponto foi dividido o grupo e começamos uma escalada exaustiva de um dos morros. Ao longo da subida as paisagens ficavam cada vez mais bonitas e diferentes com muitas bromélias e orquídeas nas pedras, a candombá se misturando aos gerais e em meio às rochas o predomínio de agulhas de pedra que tornam o local ainda mais belo e diferente. Em alguns trechos desta escalada podemos observar um pedaço da cidade de Livramento ao lado esquerdo e o povoado de Santa Rosa em Érico Cardoso bem ao longe do lago direito. Já descendo o tal morro, com bastante sede, percebemos que nossa água já havia praticamente se esgotado, dividimos o pouco de água restante e encontramos um auxílio nas laranjas que carregávamos, o que ajudou a diminuir a sede, felizmente de novo com o auxílio do guia encontramos outra minação da qual tiramos a água suficiente para suprir nossas necessidades e encher nossas garrafas, água esta bastante gelada e completamente limpa sem nenhuma interferência humana. Descido o morro e de novo nos campos gerais fomos embora pela mesma trilha que viemos. No meio da trilha e já distante da primeira minação, a sede de novo nos ameaçava, foi quando encontramos um cano usado para retirar água da serra para irrigação, o qual estava quebrado na parte superior onde era possível visualizar a água correndo em seu interior, colocamos a mão dentro do cano barrando o curso da água fazendo-a jorrar para fora onde pudemos abastecer nossas garrafas. Com um ritmo bastante pesado de caminhada, o grupo foi dividido em pequenos outros, onde o guia terminou ficando para trás, com isso o grupo acabou pegando uma trilha errada a qual começou uma vegetação de caatinga, cancelas e jaqueiras as quais não tínhamos passado antes, felizmente desconfiando a tempo e com o auxilio do celular que pega em praticamente qualquer região deste percurso pudemos voltar à trilha certa e unir novamente o grupo, chegamos aos carros com aproximadamente também 2 horas de caminhada desde a Cidade Perdida. Durante este percurso avistamos entre os animais beija-flores e outros pássaros, gafanhotos nos campos gerais e piabas nos riachos, entretanto estávamos cogitando a presença do bugio ou barbado, um animal comum nessa região, mas infelizmente este não apareceu. Um lugar como este deveria ser protegido e mais explorado turisticamente, enquanto não é criado um parque ou uma APA, cabe aos habitantes de Livramento e região assegurar e garantir a proteção e a preservação deste local tão espetacular.

VIAGEM CIDADE PERDIDA DE INGREJIL

VIAGEM CIDADE PERDIDA DE INGREJIL 2

VIAGEM CIDADE PERDIDA DE INGREJIL 3



Viagem Barragem das Almas:
Saindo às 5 horas da manhã da Praça Coronel Zezinho Tanajura (Praça do Colégio), fomos de carro até próximo a comunidade quilombola da Rocinha, acima do povoado de Itaguaçu, abandonando os veículos, demos inicio à trilha que corta um longo trecho da Serra das Almas. Com poucos minutos de caminhada chegamos a uma casa já abandonada e um velho engenho de cana-de-açúcar, de onde se tem uma vista do chamado Morro da Tereza. Em seguida, já subindo a serra, avistamos belas paisagens da cidade de Livramento e do lado direito da trilha, um enorme precipício onde é possível se enxergar o Poção e seu lajedo em meio à densa vegetação. Em seguida ao lado esquerdo da trilha, encontramos a chamada Pedra do Navio, que recebe este nome devido a forma que esta toma quando visualizada no sentido de volta, ou seja, no sentido Barragem/Rocinha. Em certo ponto da trilha nos deparamos com coqueiros babaçu nativos do local e uma enorme jaqueira. Ao longo de todo o percurso, percebemos a presença de muitos canos e tubulações que retiram a água do Rio Taquari, sendo muitos destes ilegais, os quais retiram água diretamente das nascentes podendo causar um enorme desequilíbrio ecológico. O Rio Taquari corre bem próximo, durante quase toda a extensão da trilha, em meio à vegetação densa e dentro de um enorme buraco que margeia o percurso. Com quase 2 horas de caminhada, chegamos finalmente a Barragem das Almas sendo esta com quase 6 m de profundidade, um lugar maravilhoso se não levado em conta o seu impacto ambiental no período de cheias do rio e sua proximidade com a nascente. Da margem desta barragem, pode-se também ter uma visão do imponente Pico das Almas, entretanto, devido ao dia estar nublado só o visualizamos na volta e um pouco distante da barragem. Com uma pequena ilha no meio, esta pode ser considerada uma barragem de pequeno porte quanto a sua área alagada, e do outro lado desta podemos ter a visão dos pequenos riachos que formam o rio, os quais tem suas nascentes bastante próximas. Estando do lado esquerdo de quem chega pela trilha, a barragem está sempre sangrando, onde suas águas caem num grande buraco formado por um lajedo que fica do lado direito, em seguida estas escorrem para um estreito canal escavado na rocha e o deixa seguindo o curso natural do Rio Taquari. Rio genuinamente Livramentense tendo sua nascente e foz neste município (sendo esta no local denominado Ponte a 2 km da sede) , o Taquari deveria ser mais preservado e valorizado pela população devido a sua beleza, potencial hídrico e ecológico.

VIAGEM BARRAGEM DAS ALMAS


Viagem Arapiranga e Rio da Água Suja:
Saímos da Praça Coronel Zezinho Tanajura (Praça do Colégio) às 5 horas da madrugada e fomos de carro até pouco depois de Rio de Contas, na entrada do asfalto para o campo de avião, e foi aí que com o auxílio de dois carros de apoio demos início à caminhada na famosa estrada de terra que liga Rio de Contas a Arapiranga (antiga Furna), cortando o caminho do asfalto e passando próximo ao povoado de Tamanduá. Passados um depósito de lixo (que não nos agradou) e o campo de avião, começaram as belezas da estrada. A paisagem do nascer do Sol e da Barragem Luís Vieira ou Barragem do Brumado ao longe em meios às serras e morros não permitia que focássemos somente na caminhada e sim, parássemos de olhar para os lados. A vegetação de cerrado de altitude revezava com os campos sujos, a caatinga e a mata atlântica. Muitas casas e plantações também disputavam com a vegetação nativa, o que não afugentava os representantes da fauna, durante o percurso encontramos pássaros como coquis (pássaro preto), lavadeiras mascaradas, entre outros, e inclusive ouvimos o canto de muitas sariemas. Finalmente saímos da estrada do Tamanduá e entramos na estrada que liga Umbuzeiro dos Santos à Arapiranga. Com cerca de 3 horas de caminhada chegamos a Arapiranga, onde ficamos em um bar em frente à Praça São Bernardo. Levando o almoço já praticamente pronto, saímos de Arapiranga e fomos em direção ao Rio da Água Suja. Ao chegar nos arranchamos em uma pequena casa construída no local para auxiliar os turistas. Depois de muito banho de rio em meio as centenas de piabas existentes no local, e do almoço, fomos visitar o chamado Poço do Melado, famoso por sua profundidade, onde teve algumas pessoas que nadaram, já eu infelizmente não tive essa coragem. Voltando para a prainha e para o ponto onde estávamos instalados, visualizamos um saruê bem no meio da mata descendo de cabeça para baixo de uma grande árvore, certamente incomodado com o barulho dos visitantes. Após muita diversão inclusive muitos banhos no rio, muitas fotos e filmagens, e muita farra, voltamos para Arapiranga, onde chegamos aproximadamente as 13:30 horas e ficamos esperando o outro carro que vinha atrás. Chegado o carro permanecemos um pouco mais e partimos de volta para Livramento.
ARAPIRANGA E RIO DA ÁGUA SUJA

Noite da Lua Cheia e TUR-Sertão:
Saímos de Livramento já de noite com destino à Fazenda Sariema no distrito de Itanagé, na chegada a lua tinha acabado de nascer, ficamos na frente da casa grande da fazenda, onde estavam uma mesa, cadeiras e sofás, tudo para apreciar o belo luar do sertão. Ao som de um violão e se deliciando com um bode assado que meu tio João (Dão) havia preparado especialmente para a ocasião, assistíamos a lua que clareava toda a fazenda. Por volta das 21 horas, fomos eu e meu irmão Emanuel, cada qual com sua lanterna andar um pouco pela fazenda na esperança de encontrar algum animal de hábitos noturnos, visitamos os tanques da fazenda, local onde muitos animais como meia-noites, raposas, gatos e cachorros-do mato vão matar a sede, no inicio encontramos apenas sapos ao redor, mas logo depois, andando pelo local, com um baita susto percebemos a presença de um cágado que saiu de praticamente debaixo dos nossos pés e pulou rapidamente na água fazendo o maior barulho. Depois desse momento fomos até a cancela da fazenda onde encontramos um curiango que voou se afastando de nós e uma enorme formiga característica desta região. Ainda esta noite voltei outras duas vezes aos tanques uma com meu tio Dão e outra com Emanuel para abrir ou fechar alguns registros que mandavam água para a casa e a irrigação. Já de pé ao amanhecer, com a lua ainda alta, andamos por vários locais da fazenda, entre eles a Lagoa da Sariema, as plantações de sorgo e milho, o cercado das cabras e ovelhas e de novo os tanques e a cancela. Resolvemos então realizar a primeira parte do TUR-Sertão quando fomos à sede do distrito de Itanagé e na volta visitamos locais e estradas pertencentes a propriedade. Após o almoço (churrasco) em baixo do pé de algaroba com muitos tuins cantando sem se importar com a nossa presença, foram todos tirar um cochilo, e eu, percebendo movimentos das aves devido a sementes anteriormente jogadas para as galinhas, sentei em frente a casa com a máquina fotográfica em mãos, passados cerca de 2 minutos começaram a chegar vindos da roça de sorgo diversos pássaros, entre eles muitos coquis (pássaro preto) e cardeais-do-nordeste, um verdadeiro show. Um pouco mais tarde já com o chão repleto de pássaros, surge uma codorna-amarela que desconfiada não chegou muito perto. Em seguida fizemos a segunda parte do TUR-Sertão, quando percorremos toda a extensão da cerca de quiabento que limita a fazenda, percurso este onde passamos por estradas estreitas em meio a caatinga embelezada ainda mais pelo pôr do Sol. De volta a Sariema, ficamos novamente em frente a casa, desta vez aguardando a lua nascer, quando surgiu detrás da Serra sua primeira parte, um espetáculo, um verdadeiro show da natureza. Tiramos muitas fotos e a festa continuou, com bode assado, churrasco e dominó. Um programa que merece ser repetido mais vezes devido a sua beleza.

NOITE DA LUA CHEIA E TUR-SERTÃO


NOITE DA LUA CHEIA E TUR-SERTÃO 2

Viagem - Rio da Água Suja:
Com saída da cidade de Livramento aproximadamente às 4 horas da tarde, fomos em grande número com destino a Arapiranga – Rio de Contas-BA, antiga Furna, onde fizemos uma pequena parada e partimos para o Rio da Água Suja a cerca de 10 km deste local. Durante a estrada, belas paisagens com uma vegetação que se alternava entre o Cerrado e a Mata Atlântica. Também a presença de pequenas casas e sítios onde são cultivados principalmente café e cana-de-açúcar e criados principalmente gado bovino e jegues, sendo estes importantes devido ao relevo local. Chegando ao rio, a primeira visão que temos é de uma pequena praia formada por areia e cascalho branco e o próprio rio que neste ponto forma um poço que conforme a profundidade a água vai ficando escura o que dá o nome ao rio: Água Suja. O primeiro passo após a chegada e o reconhecimento do local, foi armar as barracas e a “cozinha”, um “zé gás” (lampião movido a gás) com uma trempe, e uma espécie de fogão à lenha improvisado com pedras. Chegada a noite, tomamos muito banho de rio e depois iluminados por outro “zé gás” e uma lâmpada ligada à bateria de uma rural, comemos a nossa janta e jogamos um pouco de baralho. Em seguida, próximos ao “fogão à lenha” ficamos sentados ou deitados em esteiras de palha, lençóis e cadeiras, conversando e contemplando a noite e a natureza, um momento único na beira do Rio da Água Suja. Já rendidos pelo frio e pelo sono fomos dormir nas barracas ou redes armadas próximo às árvores que margeavam a praia e o rio. De madrugada alguns de nós acordamos para dar manutenção na panela de feijão que cozinhava lentamente no fogão de pedras para nos alimentar durante o dia. Às 5 horas da manhã e já havia gente tomando banho no rio, apesar do frio e de o Sol não ter nascido ainda, as águas ainda estavam mornas do dia anterior. Aproximadamente 8 horas da manhã, o Sol começou a nascer no Água Suja, a altura da serra e a nossa proximidade com ela atrasou um pouco este momento, explicando assim o fato do Sol ter nascido só a esta hora do dia. Com o dia já claro decidimos explorar o rio um pouco mais acima, visitamos o Poço do Melado, famoso por sua profundidade, e outro poço mais acima, sendo este mais raso em toda sua extensão. Voltando à prainha tomamos muito banho em meio às piabas e pequenos peixes do rio, jogamos mais um pouco de baralho, almoçamos e partimos de volta para Arapiranga, onde fizemos uma pausa e depois voltamos para Livramento com o Água Suja na cabeça e com vontade de visitar novamente este local tão especial. Uma curiosidade é que de um lado do rio (o lado da praia) faz parte do município de Rio de Contas, já o outro lado do rio é pertencente ao município de Abaíra, inclusive passa por este rio uma pequena trilha que leva ao povoado de Catolés em Abaíra, trilha esta famosa por ter servido de passagem para os revoltosos na época da coluna prestes que também passou em Livramento.

VIAGEM RIO DA ÁGUA SUJA

VIAGEM RIO DA ÁGUA SUJA-PARTE 2

Viagem Riacho do Ouro – Parte 1:
Na companhia de meu irmão Emanuel, minha tia Marinilce e meu tio Dão, saímos da Faz. Jacó em direção à localidade de Jambreiro logo após a Telha. Como se tratava de uma viagem de reconhecimento do local e por ainda conhecermos pouco da região, fomos depois do Jambreiro, onde atravessamos uma ponte que fica sobre o próprio Riacho do Ouro, fomos bem mais a frente em busca de uma estrada, porém só encontramos uma trilha. De volta ao Jambreiro, pegamos a estrada certa, sendo esta bastante esburacada devido as enxurradas que acontecem durante o período das cheias. O carro teve que ficar estacionado em um ponto da estrada por causa da grande quantidade de pedras altas emergidas da terra e da quantidade de irregularidades do local. Já a pé e passando por uma velha cancela com uma grande umburana ao lado, entramos em terrenos particulares, onde andamos por um bom tempo passando por duas ruínas de antigas casas. Devido a época do ano que foi realizada esta aventura, a vegetação de caatinga estava bastante seca e sem nenhuma folha, por isso foi fácil visualizar o rio, uma grande faixa verde de árvores ribeirinhas que contrastavam com o cinza-esbranquiçado da caatinga, entrando nessa mata constantemente drenada pelo rio, a diferença foi sentida quase que imediatamente, o calor escaldante do semiárido foi trocado por uma umidade e um vento frio da mata ciliar, sentamos nas pedras na beira do rio, onde tomamos banho na água mineral e potável dos pequenos poços formados em meio as pedras e depois comemos comemos farofa e bebemos café para forrar o estômago, durante este tempo observamos as aves que vinham em busca de água e a Serra das Almas e os morros do local, famosos pela quantidade de suçuaranas. Quando estávamos prestes a ir embora minha sandália quebra nas pedras do rio, e eu tive que ir descalço em meio as trilhas da caatinga até acharmos um juazeiro, árvore com o espinho forte o suficiente para consertar minha sandália e aguentar a caminhada até o carro.

VIAGEM RIACHO DO OURO 1

Viagem – Riacho do Ouro – Parte 2:
 Juntamente com meu tio João (Dão), saímos da Fazenda Jacó e nos direcionamos para a localidade de Jambreiro, logo após a Telha, de onde entramos em uma estreita estrada que passa por terrenos particulares, meu tio a cavalo e eu de bicicleta, pois não consegui um cavalo a tempo para esta viagem. Com cerca de 9 km, passando por várias cancelas, acompanhando o leito do Riacho do Ouro e na direção da Serra das Almas, chegamos a uma pequena casa de adobão, já abandonada e com parte do telhado no chão, ao redor desta havia mangueiras, coqueiros, coqueiros licuri, goiabeiras e araçás nativas. Indo por uma trilha atrás da casa, fomos até ao pé da serra e voltamos para a casa, descendo uma ladeira situada na frente desta encontramos o rio (Riacho do Ouro), a partir deste, pegamos uma trilha aonde entramos em uma grande capoeira cheia de juremas e caatingas-de-porco, inclusive encontramos um pé de maracujá-do-mato com três frutos, que se agarrava em uma jurema bem alta, com o auxílio de um galho, conseguimos apanhar dois destes três maracujás, depois, voltando ao rio pegamos outra trilha, onde passamos por vários pés de goiabeiras e araçás nativas inclusive grandes jatobás, voltando novamente ao Riacho do Ouro, comemos uma farofa e tomamos café, para matar nossa sede bebemos a água limpa e mineral do rio, Em seguida voltamos para o Jacó e depois para Livramento.

VIAGEM RIACHO DO OURO 2


Viagem Riacho do Ouro – Parte 3:

 Saindo da Fazenda Jacó, fomos eu, meu irmão Emanuel e minha tia Marinilce de carro e meu tio João (Dão) a cavalo em direção à localidade de Jambreiro, onde entramos em uma estrada que passa por terrenos particulares, local que predomina a caatinga, que nesta época estava seca. Deixando o carro próximo a uma velha cancela com uma grande umburana ao lado, seguimos eu, Emanuel e minha tia a pé e meu tio ainda a cavalo, chegando a uma casa de adobão, já abandonada e com parte do telhado no chão, encontramos com os donos do terreno que vieram de moto ser os nossos guias. Deixamos minha tia e meu irmão na casa que fica próximo ao rio (Riacho do Ouro) e partimos, eu, tio Dão e os dois donos do terreno em direção à Serra das Almas onde fomos margeando o rio ao contrário do seu curso, subindo a serra encontramos um lajedo com muitas pedras por onde o rio passava, andando por este lajedo, finalmente encontramos a Cachoeira do Riacho do Ouro, a qual o rio despenca da serra e cai no lajedo, escorrendo para um pequeno poço com cerca de 2 m de profundidade (onde enchemos nossas garrafas d’água) e seguindo seu percurso natural. Saindo desta, subimos a serra durante um bom tempo, onde presenciamos belas paisagens da Serra das Almas, lugar onde a caatinga seca dava lugar a um misto de Mata Atlântica e Cerrado. Em meio as pedras soltas e a vegetação densa, subimos até certo ponto e descemos retornando a casa de adobão e indo encontrar meu irmão e minha tia na beira do Riacho do Ouro, onde comemos farofa, laranjas e tomamos café. Saindo do rio, eu, minha tia, meu irmão e um dos donos do terreno fomos embora a pé até o carro em quanto meu tio voltou a cavalo e o outro dono do terreno de moto. Em seguida fomos de novo até a Fazenda Jacó e depois a Livramento.

VIAGEM RIACHO DO OURO 3


Viagem – Morro do Jacó – Parte 1:
            Juntamente com minha tia Marinilce (Nice), meu tio João (Dão), meu irmão Emanuel e meu primo Tales, saímos da Fazenda Jacó, de carro, passamos por uma estrada que fica dentro do Jacó e passa em um local conhecido como Tamboril, entramos em terrenos particulares, onde existe o cultivo da manga, e passamos por um bom tempo nestes, até que chegamos ao pé do morro, onde passa um rego utilizado para a irrigação. No lugar percebemos a presença de muitas maracanãs, que voavam aos casais, ou assentadas nas árvores, sempre vocalizando. Apesar de estarmos ao pé do morro, a paisagem era muito bonita, local o qual tínhamos uma bela vista da cidade, e das serras e morros que a circundam. Passando em uma pequena ponte feita de madeira e barro que dava acesso à outra margem do rego, percebi que aquela vegetação latifoliada e verde que muito se assemelhava a Mata Atlântica se restringia somente a beira do rego, funcionando como uma mata ciliar, morro acima, esta dava lugar a caatinga, nesta época do ano bastante seca. Devido ao horário decidimos não avançar muito após o rego, por isso voltamos pela estrada da Santa Cruz até a Fazenda Jacó.
VIAGEM MORRO DO JACÓ - PARTE 1





Viagem – Morro do Jacó – Parte 2:
            Dormimos na Fazenda Jacó e saímos bem cedo eu e meu irmão Emanuel em direção ao povoado de Cruzeiro para falar com um antigo trabalhador da fazenda, sertanejo que conhece cada canto da serra para ser o nosso guia, porém este estava meio adoentado já que apesar de muito forte se trata de um senhor de idade, então voltamos até o Jacó e fomos sozinhos em direção ao Morro do Jacó, passamos por toda a Fazenda e saímos na estrada da Santa Cruz, onde entramos em um terreno particular o qual existe o cultivo da manga, percorremos um trecho dentro deste terreno e nos deparamos com um rego usado para irrigação situado no pé do morro, passando por uma pequena ponte construída com madeira e barro, saímos do ambiente de mata ciliar, sempre verde e embrenhamos na caatinga, subindo o morro visualizávamos uma bela paisagem da cidade, nos deparamos também com uma profunda fenda no morro, um riacho seco. Devido ainda estarmos reconhecendo o local e não estarmos munidos no momento com nenhum facão ou peça de proteção contra os espinhos da caatinga, voltamos a Fazenda Jacó.

VIAGEM MORRO DO JACÓ - PARTE 2





Viagem Morro do Jacó – Parte 3:

Na companhia de meu primo Kelvin e meu irmão Emanuel, fomos de bicicleta até a Fazenda Jacó, de onde saímos a pé passando por terrenos particulares de plantações de manga, até chegar a um rego no pé do morro, a partir deste, cruzando uma pequena ponte, a paisagem muda completamente, a caatinga toma conta e a época do ano em que estávamos deixava a vegetação toda praticamente sem folhas deixando à mostra os galhos espinhentos. Com a ajuda de facões e a proteção de calças e um chapéu de couro, subimos o morro nos embrenhando na caatinga, até que chegamos a uma grande fenda escondida em meio à vegetação, na verdade um riacho seco devido à estiagem. Fomos até onde existia passagem, mas a partir de um certo ponto a vegetação impedia o fácil acesso, só conseguindo progresso na caminhada com o auxílio dos facões, entretanto, devido ao horário e já estar quase anoitecendo, tomamos a decisão de voltar para a fazenda.

VIAGEM MORRO DO JACÓ - PARTE 3







Viagem Chapada Diamantina:

Com saída de Livramento, fomos em excursão para uma viagem organizada pela escola com destino a cidade de Lençóis com a duração de três dias. Passamos por Brumado (Fora da Chapada), fazendo a volta e paramos em Ituaçu para visitar a Gruta da Mangabeira. Passamos também por Barra da Estiva, onde visualizamos as enormes plantações de batata com o chamado pivô Central. Passamos também em Mucugê, onde visitamos o Cemitério Bizantino e cogitamos a possibilidade de conhecer o Projeto Sempre Viva, o que infelizmente não deu certo. Até que finalmente chegamos a Lençóis onde ficamos hospedados em uma pousada próxima ao centro da cidade. Já no outro dia saímos da pousada para conhecermos o Morro do Pai Inácio, porém, devido ao dia estar nublado, demos prosseguimento ao passeio deixando a visita ao morro para a volta. Na estrada passamos por diversas paisagens e diferentes vegetações como a Caatinga, o Cerrado e a Mata Estacional de Altitude (Mata Atlântica de Altitude). Chegamos então à Gruta da Lapa Doce em Iraquara, sendo esta localizada em uma dolina de colapso, onde predomina a Caatinga e é bastante fácil a visualização do mocó, que parece até fazer poses para as câmeras. A gruta tem diversas formações rochosas que lembram um animal ou uma pessoa, inclusive algumas que já participaram de novelas. Na fazenda em que está localizada esta gruta pudemos conhecer também o maior umbuzeiro do mundo. Saindo desta, fomos conhecer a Gruta da Pratinha também em Iraquara, por onde passa o Rio Pratinha que ao sair da gruta forma um grande lago de coloração azul-transparente onde é possível o banho, nestes locais também é possível se realizar a flutuação e a tirolesa. Na mesma fazenda em que se encontra a Gruta da Pratinha, também existe a Gruta Azul, onde corre o mesmo Rio Pratinha, nesta não existe a possibilidade do banho devido a sua profundidade e preservação. Em seguida, fomos visitar o Pai Inácio em Palmeiras, de onde tivemos uma vista espetacular dos morros e serras da região. De volta a Lençóis, fomos conhecer a cidade à noite. No outro dia de manhã visitamos o Rio Serrano ou Rio Lençóis e o Salão de Areias Coloridas e depois passeamos pela cidade e o guia nos levou ao Museu da Chapada onde conhecemos um pouco da história do Circuito do Diamante. Saindo de Lençóis, passamos pelo Rio Paraguaçu e fizemos uma parada em Mucugê, depois voltamos para Livramento.
VIAGEM CHAPADA DIAMANTINA


VIAGEM CHAPADA DIAMANTINA 2





Viagem – Estrada Real:

Saindo de Livramento do Bairro Primeiro Gole, demos início à caminhada com destino a Estrada Real, a qual liga os municípios de Livramento e Rio de Contas, começando a trilha, caminhamos no calçamento de pedras feito pelos escravos em meio a belas paisagens até que saímos da estrada e entramos em um caminho mais estreito que dá acesso a parte de cima da Cachoeira do Brumado, local de onde se tem uma grande visualização da cidade e uma visão diferente da cachoeira, onde apesar de não ser possível ver a queda principal (mais alta), temos uma noção da grandiosidade desta obra da natureza. Saindo da Cachoeira do Brumado, entramos de novo na Estrada Real, onde percorremos um bom caminho até desviarmos o percurso novamente e entrarmos em uma trilha a beira de uma cerca de pedra (também construída pelos escravos) com destino a Cachoeira do Raposo. Chegando nesta, tomamos banho em seu pequeno e raso poço, em meio a sua forte queda e seguimos de novo para a estrada, a qual percorremos até chegarmos ao Raposo. Deste, fomos para o asfalto e chegamos a Rio de Contas, onde permanecemos por um tempo e depois voltamos pela BA-148, até a Bica da Cyntia local onde um carro veio para nos levar de volta a Livramento.

VIAGEM ESTRADA REAL






Viagem Estrada Real, Fraga e RC:
Com saída de Livramento, fomos de carro até o Raposo, e de lá, entramos na Estrada Real que liga Livramento a Rio de Contas. Seguindo pelo calçamento de pedras construído pelos escravos, desviamos nossa rota na entrada da trilha que leva até a Cachoeira do Brumado, por onde seguimos. No caminho, uma enorme pedra repleta de plantas com flores vermelhas chamou a nossa atenção devido à possibilidade de uma ótima vista da cidade de Livramento, então subimos e apreciamos a vista, seguindo nosso rumo, entramos em um pequeno caminho que mais parece um riacho seco e chegamos a uma pedra onde é possível ver a cachoeira de lado, podendo ter também uma belíssima visão de Livramento, da serra que a cerca, de lagoas como a da Estocada, Pau-de-colher, Várzea de Dentro e Jurema, podemos visualizar inclusive um pedaço da queda principal (mais alta), podendo ter uma noção da grandiosidade desta obra prima esculpida pelo Rio Brumado que estamos tão acostumados a ver de toda a cidade de Livramento. Retornando até a outra parte da trilha, onde chegamos ao topo da cachoeira, tendo uma visão de outros cartões postais livramentenses como o Canal, a Igrejinha de Santo Antônio no Morro do Passa-Quatro, a Barraginha e inclusive parte da cidade, um verdadeiro show da natureza. De volta a Estrada Real, e não seguindo esta adiante, mas sim no sentido de volta para o Raposo, desviamos nosso curso novamente, entrando em uma trilha aberta em meio a uma cerca de pedra também construída pelos escravos, e chegando a Cachoeira do Raposo, na qual tomamos um belo banho tanto em seu raso e pequeno poço principal, onde fica a cachoeira em si, como um pouco mais abaixo onde existem outras quedas, bem menos fortes e potentes do que a anterior. De volta à estrada, nos dirigimos ao Raposo, onde pegamos o carro e fomos para Rio de Contas, onde tomamos sorvete e partimos para o Fraga, para nos deliciarmos novamente em mais uma bela cachoeira: a Cachoeira do Fraga, que com seu grande poço que se torna um pouco profundo em alguns pontos, dificulta a chegada até sua queda devido a sua força. Saindo do Fraga, ainda paramos em um local denominado Curriola, que consiste em grandes buracos escavados em um lajedo pelo Rio Brumado que entra e sai destes com uma enorme pressão. Em seguida, depois deste passeio por uma pequena parte da Serra das Almas, voltamos para Livramento.
VIAGEM ESTRADA REAL, FRAGA E RC





Viagem Estrada Real 2:

            Com saída de Livramento, nos dirigimos de carro para o Raposo, onde entramos na Estrada Real que liga Livramento a Rio de Contas, em quanto o carro voltava para a cidade. Andando no calçamento de pedras feito pelos escravos, desviamos o curso e entramos na trilha para a Cachoeira do Raposo, onde fomos somente até o riacho. Voltando a estrada seguimos por um bom pedaço nesta até que entramos na trilha que leva até a parte de cima da Cachoeira do Brumado, lugar com uma ampla vista da cidade, visualizando inclusive alguns cartões postais livramentenses como o Canal, a Barraginha e a Igrejinha de Santo Antônio no Morro do Passa-Quatro. Voltando a Estrada Real, chegamos a sua entrada livramentense, de onde fomos até o asfalto e entramos no Balneário Municipal Dr. Edilson Pontes (Piscina), local o qual entramos em uma trilha margeando os canos da EMBASA que nos levou até os Valérios, em seguida subimos para o Passa-Quatro, localidade onde passamos um bom tempo comendo feijoada.

VIAGEM ESTRADA REAL 2





Canabrava 2011:


Com saída de Livramento, fomos para mais uma romaria com destino ao povoado de Canabrava São Gonçalo, uma caminhada de 27 km que dura a noite toda do dia 27 de janeiro e só termina na madrugada do dia 28. Chegando ao povoado e depois de andar um pouco em meio à festa e visitar o Bar São Gonçalo para que alguns tomassem banho e outros só lavassem os pés para retirar a poeira, fomos dormir na igreja junto com os outros muitos romeiros que chegavam a pé, de carro, moto, a cavalo, trator, etc. As 5 horas da manhã, começou a Alvorada com muitos foguetes a Filarmônica Lindembergue Cardoso fazendo uma volta no povoado e entrando na igreja tocando bem alto para acordar os romeiros. Logo após a Missa dos Romeiros, quando a igreja fica lotada, ficamos mais um pouco na festa e voltamos de carro, em meio a muita poeira e veículos e animais indo e vindo.

CANABRAVA 2011





Canabrava 2010:

            Dia 27 de janeiro, a noite, saíamos em um numeroso grupo da sede de Livramento para uma caminhada de cerca de 27 km, para o povoado de Canabrava onde estava sendo é realizada a tradicional festa de São Gonçalo, uma romaria que faço todos os anos desde 2002 (antes disso eu ia de carro). Com a lua cheia embelezando e clareando a estrada, poupando as pilhas das lanternas, caminhamos em um ritmo bem forte, parando de vez em quando nos pontos de apoio (botecos) da estrada, para descansar e recuperar as energias. Como já é de costume, fizemos uma pausa para lanche na ponte que passa sobre o Rio Veredas, afluente do Rio Taquari. Logo após começaram as subidas mais pesadas, e com a lua se escondendo detrás da serra, ligamos nossas lanternas. Quando vimos às luzes da Canabrava bem ao longe, a alegria foi grande, com as pernas e os pés já doendo bastante, a imagem do nosso destino deu mais força e gás a todos nós. Chegando ao povoado, ficamos esperando o resto do grupo a beira de um antigo engenho de cana. Grupo reunido, fomos até a igreja, e depois ao Bar São Gonçalo, onde alguns tomaram banho e outros só lavaram os pés para diminuir a poeira da viagem. Depois de um pouco na festa, muitos do grupo foram dormir na igreja, a qual igualmente a grama na área externa, já estava cheia de romeiros arranchados com suas cobertas dormindo. Às 5 horas da manhã, iniciou a Alvorada, quando são estouradas dezenas de foguetes, toca-se o sino e a Filarmônica Lindembergue Cardoso se apresenta fazendo uma volta em torno do povoado e em seguida entrando na igreja acordando todos os romeiros. Às 7 horas da manhã começa a Missa dos Romeiros, quando a Igreja de São Gonçalo fica completamente repleta de gente. Após a missa, apreciamos um pouco a festa e fomos para a entrada da localidade para esperar uma van que iria nos transportar de volta a Livramento. Na volta a quantidade de poeira, carros, motos e cavalos impressiona, e chama muita atenção a grande Lagoa Várzea de Dentro, que na ocasião estava cheia.

CANABRAVA 2010





Viagem Beira do Rio – Jussiape:
Saindo de Livramento em uma D-20, pela BA-148, fomos para Rio de Contas, de onde nos dirigimos para o povoado de Engenho Velho, onde paramos um pouco e fizemos um lanche na casa de alguns parentes de meu vizinho que estava com a gente. De lá seguimos por estrada de terra com destino à casa dos pais de um amigo nosso que também estava conosco, estrada esta a qual passamos por dentro do Rio das Contas,Pois não há ponte neste trajeto. Chegando a casa que fica situada na localidade de Beira do Rio também chamada de Canabrava de Jussiape (local onde já estive certa vez, quando eu e meu irmão Emanuel passamos 3 dias), nos arranchamos e voltamos ao ponto que o rio invadia a estrada, local onde almoçamos e tomamos um belo banho. Com o auxílio de um óculos de natação que meu irmão Emanuel havia levado, pudemos perceber em meio às pedras no ponto onde estávamos tomando banho, uma enorme variedade de pequenos peixes, os quais eu nunca tinha visto ou ouvido falar, alguns com a ponta da cauda vermelha, outros compridos que ficavam agarrados as pedras, piabas douradas ou com a parte superior das cabeças douradas, o chamado “beré”, amarelo com três pintas pretas na lateral, inclusive nos pontos mais profundos e escuros devido a folhagem volta e meia era possível a visualização de  traíras e tilápias, algo que realmente merecia uma câmera a prova d’água. Um pouco antes de voltarmos a Beira do Rio, a chuva nos pegou desprevenidos, por sorte tínhamos uma lona que nos protegeu desta. Já na estrada, de novo ela, começou um toró e de novo a lona nos protegeu, devíamos ter pensado nisso antes de ter alugado a D-20 e ter ao invés disso alugado um pau-de-arara. Chegando novamente a Beira do Rio, ficamos um tempo na casa e em seguida fomos para o Rio das Contas que passa a cerca de 300 metros da casa, local onde este apresenta pontos mais profundos e com menos correnteza. Já no rio, partimos uma melancia, tomamos muito banho e nadamos bastante. Nesta parte do rio também era possível se constatar a presença de piabas douradas e com as cabeças douradas e alguns berés. Voltando para a casa, nos despedimos, agradecemos a hospitalidade e fomos embora, passando por outra estrada, a qual se atravessa uma ponte sobre o Rio das Contas e entra para o asfalto, passando próximo a Marcolino Moura entrando em Rio de Contas e chegando de volta a Livramento.
VIAGEM BEIRA DO RIO - JUSSIAPE



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